Um ônibus elétrico apresentado pelo prefeito de São Paulo, João Doria, foi incluído apenas nesta semana no sistema do Renavam – Registro Nacional de Veículos Automotores.
A informação é do diretor industrial da Caio Induscar, fabricante da carroceria, Maurício Lourenço Cunha, em entrevista ao Diário do Transporte. Era justamente o registro da carroceria que faltava.
“Com isso, nos próximos dias, o ônibus vai receber as placas vermelhas e aí sim, poderá transportar comercialmente passageiros. Hoje está com as placas verdes, usada na fase de testes e no período para a homologação” – disse o executivo.
A apresentação ocorreu em 14 de julho e, pela promessa do Doria, o ônibus estaria circulando com passageiros em 31 de julho.
Entretanto, outra promessa do prefeito ainda não tem definição quanto aos ônibus elétricos na cidade: a colocação de 60 unidades deste veículo, modelo Caio Millennium IV com chassis e motores da empresa chinesa BYD, que tem sede em Campinas, no interior paulista.
Relembre:
Ainda não evoluíram as negociações entre a SPTrans, gerenciadora do sistema da capital paulista, e a empresa de ônibus Ambiental Transportes, que liga parte da zona leste ao centro de São Paulo, e que seria a operadora destes veículos. O principal entrave é a tarifa de remuneração da empresa para operar estes ônibus que são mais caros e necessitam de uma estrutura para recarregar as baterias. A promessa do prefeito, inclusive, foi instalar estações na garagem que converte energia solar em elétrica.
Com isso, diante das indefinições sobre a alteração da Lei de Mudanças Climáticas, ainda não há perspectivas para a inclusão desta frota de ônibus que, por serem 100% elétricos e com bateria, não emitem nenhum tipo de poluição.
Ontem, o secretário municipal de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda, disse ao Diário do Transporte que a minuta do edital de licitação do sistema de ônibus só vai ser publicada depois desta alteração. Em 2009, a lei previa desde então, a substituição gradual, de 10% da frota ao ano, dos ônibus movidos a óleo diesel por ouras opções, até que em 2018, nenhum veículo dependesse somente de diesel. Mas as meta não será cumprida. Apenas 1,4% dos ônibus de São Paulo hoje atenderia a esta lei. Relembre: